terça-feira, 24 de abril de 2012

Sobre consequências.


       Menino dado, que fala um monte de coisas no pé do ouvido. Cuidado. Um dia desses tu se apaixona e tchau. Menino que trata todas como "A Única", mas essa é só mais uma entre tantas paixões soltas. Um dia ainda vai trazer amargura pro coração de uma coitada. Cuidado que tudo que vai, volta. Tudo tem consequências. Um dia vai querer que alguém te confie. Um dia eu hei de ver você aí, parado, querendo tornar uma única a sua menina e talvez ela não te queira, talvez já tenha aprendido seus métodos. A amargura será sua e o coitado, você. Um dia desses tu se apaixona e tchau.

Letícia Medeiros

Sobre o certo.


      Tá ruim? Acho que é hora de finalizar coisas inacabadas, de fechar o coração pra balanço. Deve tá uma bagunça e chegou o momento de botar alguma ordem. Não foi inteiramente culpa sua. Muitos já passaram, uns chutando a mesa, outros a porta da frente, achando que chegariam "pra ficar", mas não é bem assim que funciona. Pode-se utilizar toda a sabedoria e tempo de um mundo especulando as razões de um coração, que ainda assim nada será descoberto. O coração é sorrateiro e ao mesmo tempo inocente, por isso as decisões "Quem vai" e "Quem fica" não são tomadas apenas por ele. Utilizemos da razão para julgar nossas oportunidades reais, ou se aquilo é só um devaneio alimentado por outro aproveitador e que nunca dará realmente certo. Certo dizer que alguém sempre paga pelo erro alheio e você, meu bem, foi o escolhido. Embora eu acredite que o erro também seja meu, que não ouvi meu próprio conselho, citado anteriormente. Dizem que "dois erros não formam um acerto" e eu agora, estou tentando consertar o meu.

Letícia Medeiros

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sobre o acaso.


O encontro de duas pessoas pode ser por acaso, mas é necessário muito mais que acaso para se iniciar uma história. Precisa-se de interesse, pode ser a atração física a princípio. Aquela olhadela de rabo de olho, um rosto corado pela vergonha e então deixamos escapar as oportunidades dos primeiros contatos. Quão tolos somos por isso? Não sei, talvez faça parte do enredo.
Então você a encontra vagando por aí, e aí sim, é onde entra o acaso na nossa conversa. Então eles respiram aquele ar de "Que bom que te encontrei" e confessam que tinham procurado um pelo outro em todo lugar, consciente ou inconscientemente, mas só foram capazes de se encontrarem ali, onde o acaso quis. Esse é o único papel dele. Ele percebe que ela é meiga e se diz encantado. Ela percebe que ele sabe envolver alguém com as palavras e pensa: "Deus do céu, porque raios você não puxou um papo quando teve oportunidade?". O fim da história (ou se vai haver um) quem decide são eles, com atitudes tomadas, palavras ditas, enfrentando as adversidades que possam existir. Nada mais tem a ver a incerteza do destino.

Letícia Medeiros

Gravity.


"Something always brings me back to you. It never takes too long."

Sei lá, parece que faz um século que nos vimos, mas sua figura ainda ronda minha cabeça. Qualquer coisa lembra, fere. Talvez não faça tanto tempo assim.

"You hold me without touch. You keep me without chains."

Coisas me perseguem. Uma fotografia, uma música que eu tanto gostava e que agora, simplesmente, ficou impossível de se ouvir. Ouvir coisas ao seu respeito também é difícil. É um sentimento confuso de alegria e pesar. Um gosto agridoce. Vai parecer besteira, mas fico feliz com sua felicidade e triste por eu não ser o motivo dela.

"Set me free, leave me be. I don't want to fall another moment in the your gravity."

O que eu te peço agora é que "me liberte, me deixe ser". Me liberte das mentiras que me envolvem, que me deixam acreditar. Não quero cometer os mesmos erros novamente. Só isso.


Letícia Medeiros
Ao som e com citações de Gravity - Sara Bareilles

terça-feira, 17 de abril de 2012



"Voltei pra casa e disse adeus pra tudo que eu conquistei
Mil coisas eu deixei
Só pra te falar
Largo TUDO (...)"

Pra Sonhar - Marcelo Jeneci

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O que fazer?


Queria eu que tudo o que me dissesse, fosse verdade. Queria eu me deixar acreditar nas suas palavras. Queria tanto, mas meus ouvidos já ouviram mentiras suficientes para não acreditar em mais ninguém. Como que programada para desconfiar, não é sua culpa.

Sempre me pergunto, e às vezes te pergunto "o que fazer?"

E é isso. Só vir aqui. Sim, no fim do mundo. Me mostrar que estava falando sério, sim. Me contar tudo aquilo de novo, como um segredo.
Me deixar te abraçar por cima dos teus ombros. Um abraço que diz: "Senti tua falta", mesmo só tendo nos avistado algumas vezes. Foi o suficiente. Me diz aquelas palavras que envolvem, que me deixam boba, só você consegue. E por fim, nunca vá embora.

Letícia Medeiros

sábado, 14 de abril de 2012

E depois?



E é verdadeira a sensação que temos quando conhecemos uma pessoa e sabemos, assim de cara, que ela será importante na nossa vida. Não importa as fronteiras, os obstáculos. Sentimos e não pedimos permissão para tal, nem queremos saber se somos correspondidos. Só sentimos, de uma forma tão irracional e imprudente que apenas loucos, como nós, seriam capazes.

E depois?

Depois pensamos, calculamos, nos perdemos no tempo, no espaço, nas fantasias de como aquilo seria perfeito. De como poderia ser, mas não é. Aquele mesmo coração que sente tudo isso, não liga para as dificuldades. Ele é como uma espécie de chefe, que manda e desmanda em todo seu corpo, sua mente, sua alma.

Quando nos damos conta, já se foi. Já perdemos o que era nosso e passamos a não ligar também. As pessoas costumam chamar isso de amor.

Letícia Medeiros