...eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você, ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas. (...)
Eu quis tanto que você fosse ao meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende?! Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas, o que tinha, era seu.
Mas, se você tivesse ficado, teria sido diferente?
Caio Fernando Abreu
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