Eu te espio todos os dias. Escondida, para que não veja quando sinto saudade. As vezes quase começo uma conversa, penso e desisto no último minuto, porque sei que seu defeito é não me amar. Não do jeito que eu te amo. O meu jeito maluco de amar, de querer sua pele, sua voz e sua barba.
Se eu digo, você ri e quase nunca acredita. Quase sempre faz pouco caso. E vai embora, me deixando fugir das coisas que eu tenho medo de arriscar, porque você não arrisca muito também. Mas eu sinto o vácuo entre nós, as vezes entro nele e quase me perco na ausência de nós dois.
Ester Farias
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