terça-feira, 17 de abril de 2012



"Voltei pra casa e disse adeus pra tudo que eu conquistei
Mil coisas eu deixei
Só pra te falar
Largo TUDO (...)"

Pra Sonhar - Marcelo Jeneci

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O que fazer?


Queria eu que tudo o que me dissesse, fosse verdade. Queria eu me deixar acreditar nas suas palavras. Queria tanto, mas meus ouvidos já ouviram mentiras suficientes para não acreditar em mais ninguém. Como que programada para desconfiar, não é sua culpa.

Sempre me pergunto, e às vezes te pergunto "o que fazer?"

E é isso. Só vir aqui. Sim, no fim do mundo. Me mostrar que estava falando sério, sim. Me contar tudo aquilo de novo, como um segredo.
Me deixar te abraçar por cima dos teus ombros. Um abraço que diz: "Senti tua falta", mesmo só tendo nos avistado algumas vezes. Foi o suficiente. Me diz aquelas palavras que envolvem, que me deixam boba, só você consegue. E por fim, nunca vá embora.

Letícia Medeiros

sábado, 14 de abril de 2012

E depois?



E é verdadeira a sensação que temos quando conhecemos uma pessoa e sabemos, assim de cara, que ela será importante na nossa vida. Não importa as fronteiras, os obstáculos. Sentimos e não pedimos permissão para tal, nem queremos saber se somos correspondidos. Só sentimos, de uma forma tão irracional e imprudente que apenas loucos, como nós, seriam capazes.

E depois?

Depois pensamos, calculamos, nos perdemos no tempo, no espaço, nas fantasias de como aquilo seria perfeito. De como poderia ser, mas não é. Aquele mesmo coração que sente tudo isso, não liga para as dificuldades. Ele é como uma espécie de chefe, que manda e desmanda em todo seu corpo, sua mente, sua alma.

Quando nos damos conta, já se foi. Já perdemos o que era nosso e passamos a não ligar também. As pessoas costumam chamar isso de amor.

Letícia Medeiros

quinta-feira, 29 de março de 2012


Não sei se por coincidência ou por obra divina, parece que tudo fica mais triste quando alguém se vai. O ar pesa, o céu derrama lágrimas e Deus, como que por respeito, nega ao sol aparecer. Já vi isso inúmeras vezes. O dia muda de cor em luto por um bom alguém que se vai.
Talvez um exemplo de rapaz ou um tio tão companheiro. É difícil dizer pra quem perde, pra quem necessita daquela presença, que isso é uma "coisa da vida". O que eu posso dizer é que Deus sabe o que faz.
Gosto de pensar que, quem vai cedo, vai porquê o mundo não merece sua presença. Que ela está, na verdade, livre de um mundo cheio de dores e injustiças.
O que conforta é que ela está mais próxima de Deus e que a dor vai passar, o que sobram são memórias intactas, gravadas no mais profundo e aconchegante lugar do coração de quem sentirá sua falta.
Hoje o céu amanheceu cinza.

Letícia Medeiros

domingo, 18 de março de 2012

love?


A verdade é que nem existe essa história de linha tênue entre amor e ódio,
só existem pessoas falsas que fingem gostar de você.

Algumas em especial, nunca entenderei porque queriam tanto me ter por perto.

Pra quê, afinal?! Se terminou tão tragicamente como eu imaginei, ou mais.

Aliás, esquece. Eu nunca imaginei que seria esse o fim. Na sua opinião, culpa minha e tão somente.

Poderíamos dividir, seria mais justo. Tanto faz.

A questão é que falei uma vez que quem ama fácil, esquece com a mesma facilidade.

E olha, eu nunca falei coisa mais certa.

Pena que os conselhos dados aos outros, jorram pelos nossos lábios sem sequer chegar perto de nossos próprios ouvidos.

É o que costumamos chamar de ser um "bom conselheiro",

ajudar a cuidar dos problemas alheios e ser alheio aos nossos.

Bem, se isso era um problema, agora não é mais.

E por mais que os bons conselheiros te avisem,

só aprendemos quando trocamos os pés pelas mãos.

Devo acrescentar que isso acontece muito (e principalmente) comigo.

Caí de costas e quebrei o nariz. Ainda vai doer um bocado, mas passa.

Letícia Medeiros

sábado, 25 de fevereiro de 2012

"But go on, go on and take it..."



Em um ano muita coisa é mudada.
Seja por dentro, por fora.

A gente se transforma um pouquinho de cada vez,
mas em um ano notamos as diferenças.

Cada besteira, por menor que seja, muda.
Um cabelo tingido, uma viagem.
Algumas escolhas erradas ou várias se for o caso,
uma pessoa que entra ou que sai.
Tudo tá mudando, te mudando, nem que seja pouquinho
e ninguém tem controle.

Me disseram que quem vai embora, leva algo.
E que essa era, todo tempo, a sua função.
Pois bem, que o leve e que outros me tragam seus pedacinhos de melhora.
Dia após dia, mês após mês.
Daqui a pouco, passou o ano e tudo muda outra vez.

Letícia Medeiros
Ao som de Take it all - Adele

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sobre querer.


Venho contendo emoções que não cabem em mim.
Venho recebendo sentimentos que não são meus, não são pra mim.

O que deveria ser fácil, é mais difícil do que pensamos.
E me parece inevitável não "meter os pés pelas mãos".

Por que isso, Deus?
As pessoas tem uma necessidade incontrolável de (só) querer o que não se tem.
E por "pessoas", refiro-me a mim mesma. Na esperança de não ser eu, a única.

Única também a sentir que isso tudo é a maior cilada
e que alguém sempre tem que se machucar no final.
Quando isso acontece, termino sempre como a mais machucada da história
e com aquela sensação do "Poderia ser diferente".

Já sentiu isso?

Que alívio.

Letícia Medeiros