sábado, 30 de abril de 2011

(...)


Vou cuidar de mim.
De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais,
de querer demais, de esperar demais.

Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 29 de abril de 2011

"Sou doida né?"


Que terapia, que nada!
O que eu tô precisando é de uma conversa boa com uma amiga.
Aquela amiga que te acalma e te diz que você não está ficando doida.
É a que quase sempre mente quando diz isso!

Letícia Medeiros

quinta-feira, 28 de abril de 2011


Se isso não é amor, o que mais pode ser?

(Carta de Amor - Jota Quest)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Toda mulher é doida.


Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar o nosso poder de sedução para encontrar 'the big one', aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá prá ocupar uma vida, não é mesmo?
Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante.
Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota.
Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só se for louca de pedra.

Martha Medeiros
Trecho da crônica "Doidas e Santas"

Sobre um dia.


Tem fé, menina!
Tem fé, que um dia tua vez chega.
Sua vez de brilhar, de correr por esse mundão de Meu Deus!

Tem coragem, menino!
Tem coragem de se despedaçar por essa estrada de curvas fechadas que a gente chama de vida.
E um dia poderá dizer que tentou!

"Um dia..."
Um dia tudo vai acontecer para os que tentaram.
Pelo menos, assim eu espero.

Letícia Medeiros

(...)


Acontece que eu tô vivendo rápido.
Rápido o suficiente pra te deixar pra trás!

Letícia Medeiros

domingo, 17 de abril de 2011

E quando o pouco é pouco demais?


Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber. Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre vírgulas, aspas, reticências. Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou… e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos. E vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros tem para me dar.

Caio Fernando Abreu

(...)


Eu só aceito a condição de ter você só pra mim
Eu sei, não é assim, mas deixa...
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir.

(Sentimental - Los Hermanos)

Sim ou Não?!


Mas se um dia eu esquecer de como o coração fica quando está amando?
Você estará aqui para me lembrar?

Letícia Medeiros

sábado, 16 de abril de 2011

(...)



Tô repetindo: que bom que sou capaz, que bom que sou forte, que bom que suporto. Colei aquele "Eu Amo Você" no espelho. É pra mim mesmo.

Caio Fernando Abreu

sábado, 9 de abril de 2011

(...)


Mas tantos defeitos tenho.
Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa.
Embora amor dentro de mim eu tenha...
Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas...

(Clarice Lispector)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

e isso é, estatisticamente, um fato.



Sabe, de vez em quando você vai sentir uma vontade enorme de fugir do mundo, de brigar com tudo, de fazer o mal. Mas não se renda não. Quando uma nuvem descarrega, ela sempre volta a ser branca.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

(...)


"É necessário abrir os olhos e perceber as coisas boas dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão."

(Clarice Lispector)

terça-feira, 5 de abril de 2011

(...)


"Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias."

(Clarice Lispector)

(...)


A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.

(Clarice Lispector)

domingo, 3 de abril de 2011

Sobre mim, sobre você.


E eu sempre penso, como o amor é a coisa mais impossível, ou melhor, improvável que pode nos acontecer.
Além de amar uma pessoa, ela deve te amar também.
Isso sempre foi um mistério para mim. E continua piorando mais e mais.
Essa brincadeira de achar a pessoa certa, não pode ser tão simples como dizem.
Como até eu um dia, achei ser. Mas tudo bem.

Agora eu entendo que isso pode ser uma questão de sorte: Uns tem, outros não.
E se for só isso, talvez eu precise comprar um trevo, um pé de coelho ou outra coisa do tipo.
Porque eu sei que uma hora ele simplesmente acontece.
Não sei como, nem porquê, mas acontece.

Letícia Medeiros

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Talvez.


Eu sei o que é viver em uma redoma de vidro, ver as pessoas vivendo lá fora.
Ser a que sempre espera as coisas melhorarem, mas é estranho porque essa melhora quase sempre nem é perceptiva.
Quase sempre ela nem existe.

Eu queria, lá dentro do meu interior, buscar olhos que saibam enxergar para fora dessa redoma.
Talvez, um dia alguém me solte dela, ou talvez eu seja capaz de fazer isso com as minhas próprias mãos. Soltar minhas raízes. As raízes que me cravam firmemente ao chão.

Talvez.

Talvez eu seja capaz de fazer isso, ou talvez eu esteja no meu território de conforto e não queira mesmo enxergar o que há de bom lá fora. Talvez eu não queira sair da minha redoma.

Letícia Medeiros