sábado, 9 de abril de 2011

(...)


Mas tantos defeitos tenho.
Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa.
Embora amor dentro de mim eu tenha...
Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas...

(Clarice Lispector)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

e isso é, estatisticamente, um fato.



Sabe, de vez em quando você vai sentir uma vontade enorme de fugir do mundo, de brigar com tudo, de fazer o mal. Mas não se renda não. Quando uma nuvem descarrega, ela sempre volta a ser branca.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

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"É necessário abrir os olhos e perceber as coisas boas dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão."

(Clarice Lispector)

terça-feira, 5 de abril de 2011

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"Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias."

(Clarice Lispector)

(...)


A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.

(Clarice Lispector)

domingo, 3 de abril de 2011

Sobre mim, sobre você.


E eu sempre penso, como o amor é a coisa mais impossível, ou melhor, improvável que pode nos acontecer.
Além de amar uma pessoa, ela deve te amar também.
Isso sempre foi um mistério para mim. E continua piorando mais e mais.
Essa brincadeira de achar a pessoa certa, não pode ser tão simples como dizem.
Como até eu um dia, achei ser. Mas tudo bem.

Agora eu entendo que isso pode ser uma questão de sorte: Uns tem, outros não.
E se for só isso, talvez eu precise comprar um trevo, um pé de coelho ou outra coisa do tipo.
Porque eu sei que uma hora ele simplesmente acontece.
Não sei como, nem porquê, mas acontece.

Letícia Medeiros

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Talvez.


Eu sei o que é viver em uma redoma de vidro, ver as pessoas vivendo lá fora.
Ser a que sempre espera as coisas melhorarem, mas é estranho porque essa melhora quase sempre nem é perceptiva.
Quase sempre ela nem existe.

Eu queria, lá dentro do meu interior, buscar olhos que saibam enxergar para fora dessa redoma.
Talvez, um dia alguém me solte dela, ou talvez eu seja capaz de fazer isso com as minhas próprias mãos. Soltar minhas raízes. As raízes que me cravam firmemente ao chão.

Talvez.

Talvez eu seja capaz de fazer isso, ou talvez eu esteja no meu território de conforto e não queira mesmo enxergar o que há de bom lá fora. Talvez eu não queira sair da minha redoma.

Letícia Medeiros