segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

“Com todo perdão da palavra,

...eu sou um mistério para mim."




Sou o mistério de Clarice Lispector, Os anseios do meu amado Caio Fernando, A fascinação da Elis Regina, A Sina do Djavan, A Ideologia do saudoso Cazuza, o Girassol do Alceu, a “Lígia”do Jobim, O tempo perdido do Renato Russo, Os Deslizes do Fagner, O Segundo Sol do Nando Reis, O Leãozinho do Caetano, A Chicleteira do Bel Marques, o Pagode do Exalta e o Axé do Asa. Sou os livros que quero ler, as músicas que quero aprender, os poemas do Vínicius, a melancolia do Drummond, a originalidade do Quintana, as crônicas da Martha Medeiros, a psicologia do Augusto Cury, a Flor do Pequeno Príncipe. Sou saudade, a espeança, amores mal resolvidos, a sinceridade, o tédio, a nostalgia, o Pôr-do-sol, o bilho da Lua. Sou a preguiça de pensar, a agilidade de perceber, a ansiedade que me mata e a paciência que também me mata, insegurança e o medo do inseguro. Sou as recordações de quando eu não sabia de nada. Sou a consciência de que o mundo é grande e somos muito pequenos. Que ainda tenho todo esse mundo para aprender e querer. Sou as noites mal dormidas. Sou minha rede no quarto. O café quente a qualquer hora. Sou a criança que ainda reina e a adulta em processo. Sou descolada e muito conservadora. Sou as saudades infindáveis do meu Avô, cheiro mais gostoso do colo da minha Mãe,sou aquela velha bronca do papai.Sou a tarde de domingo na “Calçada de Socorro”,Sou um pouco de cada amiga.Sou as declarações que fiz em vão. Sou o tempo que demorei pra perceber o que é amar. Sou a lembrança do primeiro abraço do ano. Sou o reconhecimento de que quando amamos perdemos a posse de si mesmo e passamos a agir de acordo com as ordens do coração. Sou o equilíbrio. O desequilíbrio. Sou a sede. Sou a fome. A preguiça. A esperteza. Sou a expectativa do próximo Ano. Sou a espectadora dos poetas e a não-poetiza. Sou as aulas de Matemática que me deixam com sono. Sou minha casa sempre limpa e organizada, mas também sou a cama bagunçada. Sou a chuva que não molha o rosto e principalmente as lágrimas que inunda-o. Sou as pequenas palavras ditas e ouvidas. Sou os pensamentos antes de dormir. Sou o "danger" tão falado e o "free" tão singelo. Sou tudo e mais um pouco pois sou absolutamente nada. Sou tudo que falo. Mas principalmente tudo que calo.Sou de Aço,Sou de Flores.
Eu sou o meu interior, mas também meu exterior. Sou um conjunto de fatores que você não pode entender. Sou a saudade,os abraços que ja dei, eu sou o passado, mas também o presente e o futuro, sou os meus atos. Sou o perfeito, mas também sou o imperfeito. Sou o contraste e a contradição. Sou a complexidade do mundo.
SOU O QUE NINGUEM VÊ.

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